INCLUSÃO E EDUCAÇÃO
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
GESTÃO E LIDERANÇA POLÍTICO-PEDAGÓGICA
MARIA JOSÉ PEREIRA DANTAS
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
A implementação das leis 10.693/2003 e 11.645/2008 - que obrigam o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena
terça-feira, 20 de março de 2012
Educação e diversidade etnicocultural.
E.M.E.F. CELSO MONTEIRO FURTADO
PLANEJAMENTO ABRIL/MAIO 2011-05-06
Educação e diversidade etnicocultural. (Nilma Lino Gomes, 2003)
Nós educadores estamos diante do desafio “de implementar políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais.”(GOMES, 2003).
Considerando as especificidades da diversidade cultural estamos buscando dar continuidade à formação continuada como um dos caminhos a ser trilhado para a construção do diálogo e de práticas culturais, políticas e pedagógicas inclusivas e democráticas.
O projeto de democracia da sociedade deve incluir o respeito a diversidade do povo brasileiro.
A escola é um dos espaços em que diferentes presenças se encontram e a reflexão sobre essas diferentes presenças na escola e na sociedade brasileira deve fazer parte da formação e prática dos/as educadores/as.
Muito mais do que tema ou um conteúdo a ser incluído no currículo, a diversidade cultural é um componente humano. Ela é constituinte da nossa formação humana. Somos sujeitos sociais, históricos, culturais e, por isso mesmo, diferentes. A diversidade Cultural está colocada para a educação como um dado social.
Que trato pedagógico a “escola” tem dado as diferenças? No campo da educação ainda precisa avançar e compreender melhor o que significa a diversidade cultural. Almeja-se que a escola, espaço privilegiado de encontro das diferentes presenças humanas, seja impelida a ressignificar a sua prática pedagógica, percorrendo caminhos não trilhados em busca da superação de esquemas rígidos, desmonte de dogmatismo, modificações no imaginário e representações coletivas negativas construídas historicamente sobre os ditos “diferentes”, isto é, que tome atitude diante da existência humana.
Refletir a escola e diversidade cultural significa reconhecer as diferenças, respeitá-las, aceitá-las e colocá-las na pauta das nossas reivindicações, no cerne do processo educativo. Esse reconhecimento é um desafio, nos faz olhar para nossa própria história, nos leva a passar em revista as nossas ações, opções políticas e individuais e os nossos valores, bem como implica romper com preconceitos, superar as velhas opiniões formadas sem reflexão, sem o menor contato com a realidade do outro. Contudo não significa uma negação das semelhanças existentes entre os grupos humanos. Os homens e mulheres, sem exceção, possuem aproximações e distanciamentos que também ocorrem de maneiras diversas. Aproximam-se no uso da linguagem e de técnicas, na produção artística e criativa, na construção de crenças, no estabelecimento de organização social e política, elaboração de regras e sanções. A discussão sobre a diversidade cultural deve incluir a dimensão política no diz respeito às relações entre os grupos humanos, as relações de poder, aos padrões e aos valores que regulam essas relações.
Os/as educadores/as são também profissionais da cultura e não de um padrão único de aluno, de currículo, de conteúdo, de práticas pedagógicas, de atividades escolares. Todos/as sem exceção, diferem em etnia, nacionalidade, idade, gênero, crença, classe. Todas essas relações estão presentes na relação docente/estudante e entre os próprios educadores e educadoras. Nesse sentido, podemos afirmar que a reflexão sobre a diversidade cultural nos conduz a um repensar do papel do/a professor/a.
3º FÓRUM DE LIDERANÇAS NEGRAS DA PARAÍBA 2012
O 3º FÓRUM DE LIDERANÇAS NEGRAS RECEBE INSCRIÇÕES E TERÁ COMO TEMA A QUESTÃO DA JUVENTUDE
Estão abertas as inscrições para o 3º Fórum de Lideranças Negras da Paraíba, que nesta edição acontece no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPB / Campus Campina Grande, no período de 12 a 14 de abril, no Jardim Dinamerica, em Campina Grande e tem como tema central “Juventude Negra - Educação, Saúde, Cultura e Economia Solidária para a Promoção da Igualdade Racial”.
O objetivo é promover o encontro de jovens estudantes, interessadas/os na temática, de todas as instituições e níveis de ensino público e privado, juntamente com professores, pesquisadores, especialistas das diversas áreas do conhecimento, representantes de órgãos governamentais local e nacional, além de ativistas do movimento social negro e interessados no combate ao racismo, contribuindo para o debate sobre os avanços, desafios e perspectivas das políticas de promoção da igualdade racial, assim como a definição de agenda política para a superação das desigualdades raciais, em especial à juventude negra, no atual contexto sócio-político e econômico.
A programação consta de abertura com o tema: Juventude Negra e as Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Combate ao Racismo Institucional, seguida no decorrer do encontro das seguintes mesas temáticas: Mesa 1 - A Implementação da Lei 10.639/2003 e as Cotas Raciais nas Instituições de Ensino – Experiências e Perspectivas; Mesa 2 – Territórios Kilombolas, Religiosidade e Valores Civilizatórios de Matriz Africana - Resistência e Luta; Mesa 3 – A Saúde da Juventude Negra, as Relações de Gênero e à Livre Orientação Afetivo-Sexual, uma Questão de Eqüidade; Mesa 4 – Cultura Negra e Economia Solidária na Perspectiva do Etnodesenvolvimento; Mesa 5 – Juventude Negra e a Participação nos Espaços de Poder.
As/os inscritas/os que desejarem apresentar trabalhos poderão fazer um resumo com texto e imagens em banner medindo 1,50m de altura e 0,80cm de largura (sentido vertical), para exposição durante o encontro. Trazer também o resumo em cd para posterior publicação dos anais do encontro. Os/as participantes, com apresentação de trabalhos ou não, receberão certificados.
Já estão confirmados conferencistas como Elio Flores, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mestre Gilvan Andrade, da Associação Brasileira de Capoterapia / DF, Francimar Fernandes, da Comissão Estadual de Quilombos da Paraíba, Verônica Lourenço, do Conselho Nacional de Saúde e Rede Nacional Sapata de Lésbicas Negras, Jair Silva, do Movimento Negro de Campina Grande, Lênin Falcão, do Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil / Souza, Ivan Coelho Dantas, da UEPB, Maria Auxiliadora de Almeida Barros, do Fórum Estadual de Economia Solidária da Paraíba, entre outros.
Durante os três dias do encontro haverá também o lançamento de livros e de filmes, a exemplo do DVD “Cinema Negro no Brasil e Caribe – Memórias”, do Centro Afro Carioca de Cinema e contará ainda com a apresentação de show musical do cantor e compositor Escurinho e Banda Labacé.
As inscrições custam 15,00 reais para estudantes e 30,00 reais para profissionais. Elas podem ser feitas através de uma ficha de inscrição, que devem ser preenchidas e enviadas para o e-mail flnegraspb@hotmail.com . Clique aqui para acessar a ficha de inscrição. Mais informações pelo Telefone: 8709-6319.
“O combate à pobreza e à miséria passa pela implementação das políticas de promoção da igualdade racial, em especial para a juventude negra, haja vista que de cada 20 jovens vítimas de homicídios na Paraíba hoje, 19 são negros, daí a necessidade da participação e contribuição de todos neste debate e definição de agenda política, pela melhoria da qualidade de vida da juventude, no combate ao racismo institucional”, destacou Carlos Henriques - Coordenador Geral da Malungus e do 3º Fórum de Lideranças Negras da Paraíba.
O 3º FLN-PB é uma iniciativa da Malungus – Organização Negra da Paraíba, em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB de Cultura); Fundação Cultural Palmares / MINC; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, Prefeitura Municipal de Campina Grande; Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, entre outras.
sábado, 18 de setembro de 2010
A CONSCIÊNCIA NEGRA
A Consciência Negra
Maria José Pereira Dantas
Ingressa numa determinada instituição, por intermédio de Concurso Público, uma profissional com a esperança e a expectativa de desenvolver uma carreira de nível superior, limite, até ali, permitido sonhar. Recepção calorosa para todos, mãos ao trabalho, participação, intervenção, vontade, prazer, motivo... NOVATO estigma, da PERIFERIA exceção, ser NEGRA nota, observação, ressalva, a GRAVIDEZ nascimento, ressurgir, reingressar, aparecer.
Empenho, desempenho, resultado ... Primeiro reconhecimento desnuda preconceito, NEGRA agrega o pejorativo, “negrinha de alguém”. Insurdescência para continuar diante de “negrinha isso, negrinha aquilo, muita força e perseverança, conquista da confiança de muitos e desconfiança dos de sempre.
Fora do cargo... a liberdade de ser, de rever e de enxergar a ousadia, a construção, a descontrução, a prudência, o cuidado, a cautela.
Epa! É importante o envolvimento, o acreditar, o projeto, o desejo, o prazer de participar. Mas tudo parece invisível? Até alguém precisar... Parece que haverá reconhecimento...interrompido...ofuscamento ... comprometimento ... contradição branco x negro, astuto x simplório, escolha política x conhecimento, interesses pessoais x concepção...
Não há tempo para pensar. O tempo é para continuar... O espaço é para trabalhar. Continua acreditar, convicção e desejo de projetar, efetivar e avaliar. O outro é que está lá, difícil de alcançar. Outra chance, outra vez, oportunidade e gravidez, nascimento de projetos que pareciam inviáveis, requerem ousadia, arrojo, cuidado, atenção. Um projeto progride, vive, NEGRO, feliz, cresce...Outro prossegue DESBOTADO, desprovido, falho, despojado, necessitado ... O outro é que está lá, difícil de alcançar. Continua invisível, talvez porque quem o reclama tem sua origem no lado b das contradições branco x negro, astuto x simplório, escolha política x conhecimento, interesses pessoais x concepção de um Projeto de Educação que admite a dialética, a tensão, o conflito, a simbiose, a reflexão e a síntese, como possibilidades humanas.
Mais NEGRA ainda, quer vivenciar, construir conceitos, perfis, princípios, valores da Consciência Negra, essenciais para o engajamento, organização e operacionalização, de Projetos inovadores e críticos em tal Instituição.
12 DE SETEMBRO 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Gestão na Educação: de um modelo estático para um paradigma dinâmico
do texto Gestão escolar e formação de gestores
Heloísa Lück (2000)*
*A gestão na educação tem sido alvo de muita atenção no contexto da educação brasileira, não devendo mais ser concebida a luz de um enfoque limitado de administração.
Para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino a gestão na educação pressupõe a combinação de dois princípios básicos a atuação objetiva das condições materiais e a mobilização dinâmica e coletiva do elemento humano, ou seja, constitui-se uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais, e a dinamização da competência humana, sinergicamente organizada, condições básicas e fundamentais para a melhoria da qualidade do ensino e a transformação da própria identidade da educação brasileira e de suas instituições.
O contexto atual, de transformação socioeconômica e cultural, exige da gestão escolar a realização de objetivos avançados, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações conjuntas, associadas e articuladas, bem como o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que sejam orientadas para resultados. Sem esse enfoque, os esforços e gastos são despendidos sem muito resultado, caracterizada por uma prática, recente, de buscar soluções tópicas, localizadas e restritas, quando, de fato, os problemas da educação e da gestão escolar são globais e estão interrelacionados.
Concebendo que a gestão é uma dimensão e um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, a competência fundamental do gestor é agir conjuntamente em todas as frentes, por intermédio da gestão escolar observar a escola e os problemas educacionais globalmente, e buscar abranger, pela visão estratégica e de conjunto, bem como pelas ações interligadas, tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam de modo interdependente, além de ser capaz de tomar decisões fundamentadas e resolver conflitos.